Rascunho De Um Poema Dopado


Escrevo-te um poema sano
Sem rima, métrica ou pensamento
Um poema quase exilado violentamente
Das partes mais profundas desse meu peito.

Um poema vergonhoso e travesso
Com um medo quase doentio de existir
De ser descoberto, sentido e vivido
E de toda essa fantasia se extinguir.

Esse meu coração de poetisa tristonha
- Intenso e quase profano
Está cansado de tanto amar errado
Das circunstâncias vadias do mundo
Por isso, prefere agora amar calado.

E viver nem quase sempre
Essas vontades, desejos e sentidos
Acabou ficando viciado
Em destruir todos os laços bonitos
Antes que cresçam em me impeçam
De escrever-te poemas antigos.