Augusta


Sobe Augusta para ver se toma uma cerveja gelada
Assim finalmente esquecer esses amores da madrugada.

Desce Augusta para achar um pouco de aconchego
Que a gente não acha em casa, onde mal tem sossego.

Sobe Augusta acendendo um charuto caro
Mas não igual de presidente, bacharel ou milionário.

Desce Augusta para encontrar aquele psicólogo mais fiel
Ou apenas para escrever poesia suja em algum papel.

Sobe e desce a Augusta naquele ritmo perfeito
Onde se tem felicidade, amor, e ausencia do desespero.

A verdade é que eles queriam mesmo que todos os dias fossem assim                   
Com essa felicidade doentia, que parece nunca ter fim.