Confessionário.


Em minha boca ficou um gosto azedo
De poesia e ansiedade
Misturadas com café
Mostra meu eterno apelo
E essa minha falta de fé.

Nos meus sonhos restam um medo
De repetir o erro que tanto causou dor
Me entregar novamente a simbiose tola
E acabar sem nenhum amor.

Em você, não sei o que se põe
O diz, o que faz ou pelo o que chora
Mas sinto uma ânsia imensa
Por você ter feito parte desta minha história.
- Sem explicação.

Eu continuo a mesma pessoa do passado
Por mais que você se negue a ver
Não mudei muita coisa desde antes
Só consegui negar-me a desejar você.

Meus óculos são maiores
Agora digo o que sinto
Grito, sem medo da derrota
Sem parecer tão explícito.