VI

A moça branca de neve
Invade meus pensamentos
Quando menos percebo
Sou escrava de seus sentimentos
Abro meu peito tristonho
Entro em todos os seus sonhos
Que na verdade não existem.

Ela invade os meus
Não diz adeus
Pois não irá embora
Pode relaxar sem demora
Mas não nas carências
Que guardo para ela.

Se a vida me dói,
Meu senhor
É só ouvir aquela voz
Que volto a ser bicho-manso
Escondo-me debaixo do cobertor
As armas mais profundas:
Caneta e papel,
Uso para gritar o que sinto
Quando a moça está longe
Seu abraço está distante
E seu sorriso delirante
Longe dos meus olhos
Mas nunca longe de mim.

Pureza de alma
Chegue até meu infinito
Sou poeta demais
Para ser feliz assim
Por você deixo toda a boemia
Mas a poesia
Esta está em mim.