Mulher de fogo e de féu
Em teus olhares vejo a vida
Tão simplificada que me sinto
Aos males o maior, criança
Debaixo do teu vestido.
Escondo-me atrás do perigo
De percorrer em teus labirintos
Partilhar contigo as sutilezas
Em sorrisos de despedida
Entrelaçando nos vestígios
Das coisas que sem ti sobreviveram.
Quais coisas essas, meu deus?
Minha angústia e tua poesia
Nossas chamas juntas e malditas
Sobre o fruto da minha imaginação
Sem ela, tu não existes
Eu não crio
Teu charme não me fita.
Sem minha chama,
Sou sem teu coração.