para não ser demasiada contraditória.


quando eu morrer
quero que os livros que eu escrevi
sejam roubados de bibliotecas 
guardados em belas estantes
ao lado de caio, ana e rimbaud 
devorados diariamente
por alguém que aprecie meus versos decassílabos.

quando eu morrer
quero sentir que disse tudo
o que eu tinha para dizer
que compartilhei tudo
o que aprendi
e consegui mudar algo no mundo
nem que seja, somente, um sorriso de lugar.