A queda do estandarte.


Agora já está tarde
não precisamos mais fingir felicidade
para quem passa e não nos vê
o mato verde-seco que cobriu nossa casa
cobre também a impunidade
e a coragem
de chorar sem sofrer.

Esse abraço encantado e antigo
que transpassou a eternidade
de nosso beijo bandido
e agora se perde
no meio das pedras
da varanda
árvores mortas cobrem minha visão
cegam a fotografia
me deixando só
como de praxe.